«Agir ensemble pour grandir»
O Atelier Nomade acolhe na sua sede a Escola Internacional de Teatro do Benim, bem como vários espaços de expressão, locais de receção regular de artistas beninenses, togoleses, burquinenses e nigerianos. Além da constituição de uma trupe permanente e versátil com cerca de vinte talentos (diretores, atores, bailarinos, marionetistas, artistas de circo, etc.), o projeto de consolidação e expansão «Agir ensemble pour grandir» (Agir juntos para crescer) prevê o desenvolvimento de um museu ligado às artes do espetáculo. Ao trabalhar em sinergia com 9 teatros sub-regionais (6 no Benim, 1 no Togo, 1 no Níger e 1 no Burkina Faso) e no estabelecimento de uma rede de conteúdos culturais, o projeto pretende aproveitar as receitas para avançar rumo à autonomia financeira, com vista a alcançar uma estabilidade e sustentabilidade reais.
Visão geral:
resultado esperado
- criação de uma trupe permanente
- abertura de 12 residências de pequeno formato e 2 residências de grande formato
- desenvolvimento de uma rede de operadores culturais de 4 países vizinhos
- criação de plataforma digital e bilheteira online com pagamento de lugares por via telefónica
- animação regular dos três palcos do Atelier Nomade
- criação e rentabilização do museu de artes performativas
Em foco:
Atelier Nomade
O Atelier Nomade abriu as suas portas em 1992. Hoje abriga a Escola Internacional de Teatro do Benim, uma instituição de ensino superior que prepara os seus alunos para o diploma concedido pelo Estado naquele país. Os dois pilares da sua missão são a formação profissional e a criação artística que permitem a formação cultural e artística dos jovens e das comunidades locais. A escola de teatro costuma trabalhar temas que contribuem para o desenvolvimento humano e para a boa cidadania.
«Maremusica», produção e divulgação da música cabo-verdiana
Muito atingidas pela pandemia da Covid-19, a indústria cultural cabo-verdiana, e mais ainda, a sua indústria musical independente, estão à beira do desaparecimento. Para salvar esta herança popular, a Maremusica propõe-se a reavivar a música tradicional em Cabo Verde, deslocando toda a sua cadeia produtiva para o arquipélago. Da procura de novos talentos à criação de certificação, passando pela abertura de estúdios de gravação e organização de digressões, este projeto envolve a criação de cerca de uma centena de empregos (músicos, técnicos, comunicação, digital…) e garante a preservação e renovação deste tesouro popular que a música cabo-verdiana representa.
Visão geral:
resultado esperado
- Produção de 3 álbuns: um artista consagrado na tradição musical cabo-verdiana; e dois jovens talentos, um do sexo feminino e outro do sexo masculino
- Produção de uma grande obra de Mornas, música tradicional cabo-verdiana, em colaboração com a Orquestra Sinfónica da Fundação Calouste Gulbenkian, de Portugal
- Implementação de plataformas digitais e publicação e monetização de conteúdos
- Criação de empregos no setor e garantia de rendimento para os artistas e para as suas famílias
- Atração de novos investidores
Em foco:
Maremusica, Produção, edição e distribuição musical
Criada em 2016 pelo ex-ministro da Cultura de Cabo Verde, o músico e escritor Mário Lúcio, a Maremusica tem como principal objetivo a independência criativa e financeira dos artistas cabo-verdianos, a proteção da música tradicional e a descoberta de novos talentos.
«La NEUF», formação, criação e produção
O mercado da indústria cultural maliana oferece uma infinidade de atores, mas carece de argumentistas, figurinistas e outros profissionais do entretenimento, sem os quais as obras não podem sobreviver. Em resposta a esta lacuna, a «La NEUF» (Nouvelle École Usine et de Formation) oferece um sistema de formação, tanto presencial como à distância, incluindo workshops, masterclasses e estágios para fomentar o intercâmbio de profissionais. Esta proposta de formação nas profissões das artes performativas permitirá, em última análise, a criação de novos espetáculos com vista à distribuição num circuito de 8 cidades, já estabelecidas pela associação. A associação Acte SEPT pretende também envolver as autarquias locais no sentido de disponibilizar um mecanismo de financiamento duradouro e endógeno para a cultura, que promova o desenvolvimento sustentável.
Visão geral:
resultado esperado
- Criação de uma plataforma digital para formação
- Realização de 16 workshops sobre as profissões ligadas às artes performativas
- Criação de 8 peças de teatro
- Difusão das 8 peças nas 8 cidades da rede Sirabo
- Criação de uma rede de parceiros
- Organização de um festival
Em foco:
Acte SEPT
De acordo com a Acte SEPT, promotora do projeto, “todos devem poder participar na vida cultural e exercer as suas próprias práticas culturais de livre vontade dentro dos limites impostos pelo respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.” Impulsionada por esta visão, a associação trabalha em Bamako, desde 1994, estando ativamente empenhada, desde 1996, na realização do seu Festival du Thèâtre des Réalités.
« Consolidation de l'industrie Théâtrale en Afrique de l’Ouest » (CITAO)
A iniciativa CITAO visa cimentar a colaboração já existente entre o Espace Culturel Gambidi (ECG) e os seus parceiros nacionais e internacionais. Trata-se também de reforçar as ações culturais anteriormente estabelecidas como a «Route des Arts» ou o famoso Festival International de Théâtre et de Marionnettes de Ouagadougou (FITMO), atualmente organizado em 6 países da África ocidental. Com o apoio de planos de marketing e ferramentas digitais, o CITAO pretende envolver mais jovens, promover uma maior divulgação das obras e gerar mais receitas que lhe permitam sustentar a sua atividade teatral.
Visão geral das produções esperadas
- formação de 60 operadores culturais
- criação de uma plataforma web dedicada à comunicação e ao marketing de conteúdos do setor do teatro na África ocidental
- produção de um documentário em vídeo sobre a capitalização e a partilha de experiências e boas práticas do projeto
Em foco: Espace Culturel Gambidi
Nascido da determinação dos artistas do Théâtre de la Fraternité (uma famosa trupe do Burkina Faso) em adquirir uma sede que seria simultaneamente um local de ensaios e de criação, o Espace Culturel Gambidi reúne um grupo de organizações, incluindo: o Centre de Formation et de Recherche en Arts Vivants (CFRAV), o Atelier International des Arts Plastiques (AIAP), a primeira estação de rádio privada exclusivamente cultural do Burkina Faso, uma mediateca, um teatro com 500 lugares e uma casa de hóspedes.
«ELAN», as Artes da Oralidade e da Narrativa
Contos, mitos, histórias iniciáticas, lendas e outras poesias orais nascem para contar e ser contadas. Estas obras de oralidade veiculam a linguagem, as formas de pensar, os hábitos e costumes específicos de cada povo. É com o objetivo de dar um novo impulso a esta antiga herança cultural, reconhecida como "património imaterial" pela UNESCO, que o projeto ELAN nasceu. Respeitando a paridade e contando com as suas sólidas relações, anteriormente tecidas pela Compagnie Naforo-Ba com 8 países da África Ocidental, a ELAN estabeleceu a ambição de apoiar 16 Artistas contadores de histórias dos 8 países parceiros, ao longo de toda a cadeia produtiva.
Visão geral das produções esperadas
- 80 histórias diversas recolhidas, 5 histórias por Artista numa perspetiva de exploração contemporânea
- 5 coleções de 16 histórias ilustradas, produzidas na "Coleção Ziri" e impressas em 5 000 exemplares cada, destinadas à venda
- contribuição de 8 ilustradores (ou seja, 1 por cada país participante) na produção das coleções acima mencionadas
- 3 oficinas de capacitação para atores do setor das Artes Narrativas organizadas ao longo de um período de 3 anos (1 por ano)
- produção de 80 contos sonoros e distribuição em plataformas digitais pagas de download e escuta
- produção de 80 contos de áudio ou provérbios muito curtos, oferecidos para distribuição via telefone através das redes das operadoras dos 8 países que integram a ação
- participação na Nuit du Conte en Famille (NCF) organizada todos os anos, presencialmente e remotamente, através das redes sociais e mediante pagamento
Em foco: Compagnie Naforo-Ba
A Compagnie Naforo-Ba nasceu em 2000, em Abidjan (Costa do Marfim), com o desejo de promover a literatura oral africana, tradicional e contemporânea, e fomentar o seu conhecimento e prática. Com base na sua experiência, a associação de profissionais conseguiu estabelecer ligações privilegiadas com o Burkina Faso, Benim, Níger, Mali, Togo, Guiné e Senegal.